quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Resenha de Quinta

O Físico
Noah Gordon

Fonte: site da Livraria Cultura


A primeira vez que ouvi falar desse livro não me animei muito. Afinal, não sou muito fã das ciências exatas, né? Mas depois acabei descobrindo que o título em português não tem muita relação com o título em inglês, que é The Phisycian, que significa médico, não físico. Achei a escolha infeliz, uma coisa meio Lia Wyler*. Mans, voltando ao assunto principal, que é o livro, "O Físico" conta a história de um menino londrino, Rob J Cole, que fica órfão ainda criança e passa a trabalhar para um barbeiro-cirurgião (uma categoria de "curandeiro" inferior aos médicos). Todo o desenrolar do livro, o modo como ele se torna médico (parece que na Idade Média, que é quando o livro se passa, era muito, muito difícil se tornar médico - possivelmente ainda mais difícil que hoje) se baseia muito na experiência que ele tem como ajudante de barbeiro-cirurgião, e Rob J Cole não fica só na Inglaterra, mas acaba viajando pela Europa continental, Turquia e chega à Pérsia. Mas acho que se eu entrar em muitos detalhes, o livro vai acabar perdendo a graça para os que não leram!

O que mais gostei nesse livro foi a imprevisibilidade: é impossível saber como a história termina quando você está lendo, apesar de não ser um livro cheio de suspenses. Acho que é mais o tipo de escrita do autor, que revela os fatos ao leitor à medida que os personagens vivenciam cada situação, e nem uma mente muito imaginativa poderia supor as reviravoltas da história, que são muito bem engendradas. Além disso, o enfoque na medicina praticada na Idade Média é um caso a parte, é muito legal saber como os médicos trabalhavam quando não existiam recursos nem de longe parecidos com os de atualmente. Por fim, aviso aos que leêm rápido: ao acabar de ler esse livro, você vai se sentir meio órfão, sem rumo! Pra mim, foi muito difícil escolher um livro pra ler depois desse, nenhum parecia tão interessante como a história de Rob J Cole!


PS: Eu não entendo nada de medicina, nem da atual, tampouco da Idade Média...por isso, não posso afirmar que tudo que o autor descreve a respeito do assunto é verdade.

* Lia Wyler é a tradutora brasileira de Harry Potter. Nos livros nacionais, o nome do pai do Harry é Tiago, enquanto o nome original é James. Vai entender, né? Me avisaram que Tiago é a tradução para português de James. Ainda assim, continuo não gostando dela ter traduzido o nome.